segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Carta Aberta contra a Pobreza e a Desigualdade

Aproxima-se o Dia Mundial pela Erradicação da Pobreza (17 de Outubro) e a Comissão Nacional Justiça e Paz une a sua voz à de numerosas entidades que assinaram recentemente esta carta aberta:

Diariamente as televisões mostram imagens de guerra, destruição e fome. Em África morre uma criança a cada 3 segundos, vítima da fome, da malária ou da tuberculose.

O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar por dia. Todos os dias mais de mil milhões de pessoas vivem nestas condições de miséria deplorável. Em Portugal uma em cada cinco pessoas vive no limiar da pobreza.

(...) Todos os dias é violada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A paz e a fraternidade entre os povos nem sempre estão no coração e nas acções quotidianas.

Numa época em que assistimos à revolução tecnológica, um terço da população mundial nunca usou um telefone.

(...) Para cada problema existe uma oportunidade. A luta contra a pobreza e a desigualdade deve ser um compromisso colectivo e prioritário para que cada homem e cada mulher possam viver em paz e liberdade e usufruam de direitos fundamentais numa sociedade mais justa e solidária.

Erradicar a pobreza não é um mero exercício intelectual ou uma utopia política ou religiosa. Esta é a primeira geração que tem os recursos e os meios para acabar com a fome e a miséria.

É preciso lembrar os políticos das promessas públicas assumidas pelos 189 Estados-Membros das Nações Unidas quando assinaram, em Setembro de 2000, a Declaração do Milénio e se comprometeram a reduzir para metade a pobreza extrema até 2015.
(...) Os pobres não precisam de esmolas, mas de justiça.

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