quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A crise e os pobres

«As crises financeiras que se sucedem têm um efeito de cascata que afecta profundamente a economia mundial e as populações mais frágeis. Mostram que a finança é um factor chave da globalização.»

Palavras do Arcebispo de Rouen, Jean-Charles Descubes no documento O carácter multifacetado das crises financeiras, onde elenca diversas questões pertinentes para a discussão sobre «o futuro da protecção social e da política social na Europa», tema do último encontro da Comissão dos Assuntos Sociais da COMECE:
  • Esta crise é tão injusta como o tipo de desenvolvimento dos últimos vinte anos. Uma vez mais, voltam a ser os pobres que mais sofrem. Como fazer para os proteger?

  • A subida das matérias-primas deveria favorecer os países produtores, alguns dos quais são países emergentes. Mas como organizar uma justa repartição das riquezas?

  • A vida humana está em questão quando se fala de bens destinados à alimentação. Dada a sua natureza, devem ser particularmente protegidos. Não se deveriam mesmo proibir certas actividades financeiras, para que eles não sejam objecto de especulação?

  • As crises financeiras questionam o nosso estilo de vida, não podemos querer continuar a viver como se nada se passasse ao nosso lado: para quando a adopção de um modo de vida mais despojado, mais simples, mais conforme às exigências da solidariedade no mundo de hoje?

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